• Defesa da Vida
  • Economia
  • Educação
  • Família
  • Igreja
  • Mulher
  • Política
  • Escolha uma Página

    A posição social da mulher ainda se encontra muito aquém da desfrutada pelo homem em muitos países. Na Coréia do Sul, por exemplo, a tradição cultural é de subjugação da mulher na relação familiar. Há uma cultura de misoginia, machismo – de ódio, desprezo ou repulsa à mulher e às características a ela associadas – que se justifica pelo
    conselho de Confúcio (pensador e filósofo chinês do século V a.C.) conhecido como “namjon yobi”, isto é, “homem acima, mulher abaixo”.

    O mesmo se observa, em maior ou menor medida, em países como a Índia e os países árabes. Nesses países, prevalece uma cultura sexista, baseada em uma visão atomista de mundo. O atomismo acredita na diversidade humana absoluta, sem qualquer forma de unidade. Essa visão valoriza o elemento masculino e é expressa em todas as formas de sexismo, dentre elas, o machismo e a homofobia. O sexismo esmaga as mulheres, uma vez que não atribui a elas dignidade e valor social.

    Mesmo nos países onde o pensamento sexista já foi questionado e, em alguma medida, superado, ainda se observa uma cultura contra a dignidade das mulheres – muito embora se defenda que ela seja pró-mulher. Nos Estados Unidos, países europeus ocidentais, no Brasil, dentre outros, a cultura sexista perdeu espaço, sobretudo, para a visão oposta: o monismo. O monismo acredita na unidade absoluta, sem nenhuma diversidade. A crença hindu de que “toda a realidade é uma” resume perfeitamente esse paradigma. Essa visão exalta a androginia, isto é, a mistura de características femininas e masculinas em um único ser e tem sua principal expressão no feminismo radical.

    Diante da injustiça, violência e discriminação social e cultural da mulher, o monismo/ feminismo propõe que a mulher se torna como os homens a fim de ter sua dignidade e seu valor assegurados. Nesse sentido, seus defensores sugerem enquanto solução a inserção da mulher no mercado de trabalho e a liberdade de escolha de ser ou não “bela, recatada e do lar”. A situação da mulher mãe e dona de casa estaria associada a uma cultura sexista de dominação do homem e, portanto, sua superação requeriria a quebra dessa estrutura social vigente.

    Na perspectiva monista, portanto, a dignidade e o valor da mulher resultam, principalmente, da igualdade de afazeres entre homem e mulher. Às mulheres deve ser assegurada a oportunidade de ingressar no mercado de trabalho e a liberdade de cuidar ou não da casa e da família. Na prática, porém, essa abordagem leva à emergência de uma mulher com características e funções sociais masculinas, isto é, uma mulher híbrida, e, por conseguinte, ao desaparecimento da própria mulher.

    Tanto o atomismo como o monismo não promovem a dignidade e o valor da mulher. O primeiro desconsidera a unidade que há entre homem e mulher, ao passo que o monismo não percebe a diversidade que eles apresentam. A unidade está na natureza transcendente do indivíduo masculino/ macho e do indivíduo feminimo/ fêmea. Ambos são seres humanos, com origem e desenvolvimento biológico semelhantes. No entanto, esses mesmos seres humanos se diferenciam no que concerne a sua natureza sexual. Homem e mulher são sexualmente distintos, o que os leva a ter funções sexuais e reprodutivas também diversas. Cabe exclusivamente à mulher, por exemplo, a maternidade.

    A unidade e a diversidade do homem e da mulher possibilitam, por fim, uma complementariedade social entre eles. Homem e mulher formam famílias e, dentro dessas famílias, apresentam funções específicas, mas aditivas. As famílias formam, por sua vez, sociedades e, nas sociedades, homens e mulheres apresentam funções diversas e complementares.

    Nessa perspectiva, não há de se falar em superioridade de homens (visão atomista/ sexista) nem em igualdade de funções entre homens e mulheres (monismo/ feminismo). Há de se garantir a complementariedade do homem e da mulher, com base no respeito e de modo a assegurar a unidade e a diversidade dos mesmos. Mulheres não devem se tornar homens, nem tampouco se sujeitar ao domínio dos homens. Elas devem ser mulheres cooperadoras e ajudadoras dos homens, caminhando lado a lado com eles, isto é, nem atrás, nem a frente, mas juntos. Somente assim se garante a dignidade e o valor da mulher sem esmagá-la (sexismo) ou eliminá-la (feminismo).